Análise Textual – Capítulo 8

(Por Thiago)

            Muitas novidades no Capítulo 8: narrador novo, cenário novo e, é claro, estilo novo! Outra reviravolta em nossa saga! É, pessoal, parece que o Capítulo 6 foi de fato uma despedida (temporária) de Andrei e o Capítulo 7, outra aparição rápida de nosso necromante preferido. Com base nisso, já podemos pressupor como a saga se apresenta (comentei sobre isso na Análise Textual 7, inclusive): tudo indica que teremos um arco introdutório para cada personagem-narrador protagonista, com interlúdios de Malaquias entre cada arco. Será? Parece que sim! E o arco atual trata de Mak, seu futuro anão favorito! Pois falemos desse sacana!

            Como vocês devem saber (se leram como tudo começou) Illuria foi originalmente um RPG mestrado por mim para quatro amigos (dando aqui a pista de que tem mais personagens por aparecer). Os protagonistas que vocês veem aqui foram representados durante o jogo. Eu tive que aplicar algumas licenças poéticas em alguns personagens e fazer algumas alterações, sobretudo para transformá-los em prosa. E Mak foi o que mais mexi.

            Originalmente, ele era um ladrão humano, que vivia uma espécie de crise de identidade (falarei sobre os personagens originais do RPG num post futuro). Porém, se eu o mantivesse humano, o grupo não teria nenhum membro da raça dos anões e isso é um elemento importante para a trama e também para a construção do mundo de Illuria, já que quero apresentá-lo por inteiro. A raça foi a alteração mais drástica, contudo. Mantive a mesma personalidade irônica e despojada, confiante e despreocupada, galante e vulgar, tudo ao mesmo tempo. Quanto à crise de identidade, eu modifiquei um pouco, mas não posso ainda falar sobre ela, pois não apareceu na história, sssshhh.

            A inspiração para Mak, enquanto anão, veio de alguns personagens memoráveis. Dois anões de destaque aqui: Varric Tethras, do jogo Dragon Age II, e Tyrion Lannister, de Game of Thrones. Eu, particularmente, não gostei do Dragon Age II, nem cheguei a terminar, mas o Varric me marcou muitíssimo; eu adorei aquele personagem e com certeza alguma coisa transbordou no Mak (mas juro que a menção a uma Bianca – nome da balestra de Varric – foi uma coincidência feliz, é tudo o que direi por ora, hehehe). O Tyrion, embora não seja um anão fantástico de fato e sim alguém que nasceu com nanismo, também deixou sua marca; a astúcia, a vulgaridade e o charme. Mak não tem nada dos anões clássicos de Tolkien, mas isso vocês verão mais pra frente, sem spoilers, certo?

            Ao longo do capítulo, vamos tendo pitadas de quem é Mak: seu uso do capuz, sua furtividade, suas observações sobre a corrupção dos guardas galilenos etc. Ao final do episódio, entendemos o motivo de tudo isso: Mak é um ladrão! Sabemos disso pela “assinatura” no final do texto, que o cita como um renomado ladrão e caçador de tesouros, mas também pela sua menção à “Fraternidade das Sombras”, sobre a qual ainda não sabemos muito a respeito. Seria uma espécie de guilda de ladinos? Só lendo para saber.

            Escrever como Mak traz a possibilidade de ser mais coloquial, usar palavrões, ter mais liberdade com as palavras, pois, como devem ter percebido, ele é um tanto quanto desbocado. Se não perceberam, não faltarão oportunidades adiante, hahaha! Este é um cuidado que quero ter: cada personagem terá seu próprio estilo narrativo. Com Andrei, experimentamos um estilo mais rústico, natural e introvertido, já com Mak temos o extremo oposto: moderno, urbano e extrovertido. Isso dá mais força para as muitas vozes que narram esta história, faz com que soem mais críveis e únicas.

            A mudança no cenário reflete bem as diferenças entre os arcos de Andrei e Mak, e quase parece que a descrição da chegada do anão na capital reflete esta transição: a grama e o verde das planícies aos poucos sendo substituída pela cidade. Ainda falarei bastante sobre Galileo, dentro e fora da história, então não precisamos nos alongar agora. Direi apenas quais foram suas inspirações; duas cidades: Baldur’s Gate, do cenário de D&D Forgotten Realms (embora Galileo não seja uma cidade portuária), e, é claro, minha cidade natal, Rio de Janeiro (mas deixarei que notem as semelhanças no desenrolar da trama).

            Por ora, é só, pessoal! Ah, antes que me esqueça, vocês viram que soltamos mais um fundo de tela para download? Não? Então clica AQUI. Até a próxima! 😉

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