Análise Textual – Capítulo 7

(Por Thiago)

            O Capítulo 7 trouxe-nos mais um trecho do artigo de nosso necromante favorito: Malaquias Nublado. Já estão com saudades de Andrei? Calma, já já ele volta. 🙂 Sou suspeito para falar do Arquimago Nublado, porque ele é um dos meus favoritos, adoro escrever sob o ponto de vista dele. A maneira casual e até trivial como ele trata de temas absolutamente incríveis, como se fossem normais para ele, como se ele já tivesse visto de tudo – e talvez tenha mesmo. É a mesma relação entre uma criança falando sobre um fato e um idoso falando sobre o mesmo fato. E quão velho é Malaquias? Isto ainda não sabemos, mas no capítulo temos uma pista, quando ele fala da imortalidade dos elfos (2º parágrafo).

            Outra pista que vimos no capítulo foi o molde em que a trama de Illuria se apresenta: entrecortado. Após o Prólogo, tivemos o primeiro contato com os estudos de Malaquias, no Capítulo 1, após o qual iniciou o arco de Andrei. Agora Malaquias fala conosco novamente, justo quando a narrativa de Andrei chegou ao seu ápice, com um sonho profético revelando-se a um dos Discípulos. Teria o arco de Andrei chegado ao fim? Será o próximo capítulo um arco novo, com outro personagem-narrador? Descobriremos no domingo que vem. 😉

            Uma coisa é certa: os capítulos narrados por Malaquias, aparentemente, serão vários. Repararam que o nome deste é “A Guerra Eclipsal I”? Isso possivelmente quer dizer que teremos continuações. Afinal, ele ainda não terminou seu artigo. E este é outro ponto sobre o qual gostaria de comentar.

            Malaquias escreve um estudo histórico e político sobre uma determinada época. O maior desafio em escrever como este personagem é dar à sua escrita um ar de ensaio e, ao mesmo tempo, manter em prosa. Imagine se a linguagem e formato das notas do necromante seguissem um formato de monografia, seria extremamente monótono (e não seria literatura)! Porém, para manter uma congruência de estilo, o artigo de Malaquias é totalmente desprovido de diálogos (repararam?). A solução que encontrei foi documentar os fatos de maneira jornalística, mas que se assemelhe a uma narrativa, ou seja, no formato de crônica! E estou curtindo a oportunidade de variar o estilo de escrita.

            Por fim, gostaria de comentar o último parágrafo, no qual descobrimos que são, na verdade, quatro Arquimagos na Sociedade Exotérica, dos quais conhecíamos até então apenas Zacarias e Malaquias. Quem é Titoh e Jeremias? E quantos nomes terminados em “ias”, isso significa alguma coisa? Talvez, mas não era neste ponto que eu queria tocar. Quando a guerra explodiu, os quatro Arquimagos votaram para definir se seu grupo participaria ou não, e o único a votar a favor foi (pasmem!) Zacarias Estrelado, O Mago, narrador do Prólogo e um d’Os Cinco. Ora, se o objetivo d’Os Cinco ao encontrar o Livro dos Tempos era justamente impedir a guerra, por que Zacarias votaria a favor de participar nela? Malaquias tem a própria opinião dele a este respeito e verbaliza-a no capítulo. Resta-nos saber se ele tem razão. 🙂

            Até a próxima, pessoal!

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