Análise Visual – Capítulo 2

(Por Ana Clara)

                Vegetação, ruínas, um aventureiro historiador e goblins. Tudo isso combinado em uma mesma cena. Então, como de se esperar, mais um desafio!

                Antes de começar a esboçar, faço um estudo inicial de cada elemento, procurando referências para entender melhor o assunto que vou ilustrar. Essa parte é muito divertida e inspiradora porque navego por muitas imagens, descubro novos artistas, vejo muitas fotos. Depois de coletar tudo que preciso, assim como Andrei, junto tudo no meu próprio “compêndio” visual, criando um quadro de inspiração. Abaixo você pode ver como ficou o meu para essa cena.

Note que tem até referência para um detalhe da armadura do Andrei: o casco de tartaruga da ombreira.

                Para dar a sensação de uma cena “realista” (entre muitas aspas, já que não existem monstros como esses na vida real – ou existem?), tento tornar as poses dos personagens naturais e críveis. Na internet é possível achar muitos sites e fotos que ajudem nisso, mas muitas vezes é preciso incorporar o lado atriz e fotógrafa para interpretar a exata posição dos personagens que preciso. Abaixo deixo essas imagens levemente vergonhosas das poses que fiz para referência dessa cena.

Interpretações dignas de Oscar, hahaha.

                Depois de todo esse compilado de informações, aí sim vem o esboço manual que, eventualmente, sofre ajustes quando passado pro PC. Algumas coisas são mais fáceis de corrigir, direto com as ferramentas do programa, do que apagar e redesenhar. Outras, como toda a profundidade e vegetação, nem cheguei a desenhar no papel; criei direto no computador, por serem formas mais livres e simples.

                Minha maior preocupação de início foi como retratar o denso Bosque dos Lamentos. Deveria desenhar muitas árvores, folhas, grama, musgos. Fiz diversas pesquisas sobre ilustrações do tipo e, para alívio geral, descobri que não precisaria desenhar folha a folha, grama a grama. Tudo isso fica mais solto na representação, onde os espectadores da cena conseguem juntar os elementos na sua mente e criar a forma final. É um pouco do que os impressionistas faziam (embora eu esteja muuuito longe disso, haha), onde as cores e as pinceladas mais livres criavam as formas finais.

                Depois do Bosque, as ruínas também precisavam estar no cenário. Senti-me a própria pedreira levantando esse muro, bloco a bloco. Tomei como referência construções antigas que usavam pedras em sua composição.

                Os goblins foram divertidos de criar e imaginar a vestimenta, já que eles usam coisas que encontram por aí e adaptam. Como descrito no texto do capítulo, um deles usa um balde na cabeça. Olha aí mais de perto na imagem em detalhe!

                E por fim, nosso aventureiro Andrei. Com cabelos e barbas levemente desgrenhados, uma roupa leve, mas segura para caminhar por um bosque denso, e equipado com seu arco, ele sonda os goblins com desconfiança. Os tons de sua roupa são terrosos e esverdeados, para não o destacar durante suas explorações geográficas.

                Aprendi muito ilustrando essa cena e certamente esse conhecimento também foi utilizado em outras artes que ainda virão por aí. Aguardo você na próxima! 😉

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