Análise Textual – Capítulo 17

(Por Thiago)

            Após o conflito do Capítulo 16, o Capítulo 17 começou até calmo, mas foi escalonando até uma explosão ao final. Rolou treta em Álgida! E é sobre isso que eu quero falar. Não, não sobre a treta, haha. Mas sobre ritmo de narrativa. Vamos lá.

            Um feedback que tenho recebido dos nossos leitores (via comentários e mensagens) é que curtem a fluidez do texto, o ritmo que a história vai desenrolando. Este é um feedback bastante positivo para mim, pois esta é uma característica pela qual eu prezo demais e penso muito sobre antes de escrever. Porque eu mesmo, enquanto leitor, fico bem perdido ou confuso com leituras quebradas, que saltam de um ponto a outro sem uma conexão fluída entre os dois pontos. Claro, isso é uma questão altamente pessoal, mas para mim, pelo menos, não agrada aos olhos. Portanto, é uma atenção que procuro ter quando escrevo.

            O Capítulo 17 é um bom exemplo disso, com suas doses de conflito aumentando gradualmente. Após Serafina acalmar as massas, tudo transcorre bem até Bianca começar a arrumar sua mochila. Sua avó acorda e decide cozinhar para ela, o que contraria a vontade real de Bianca (ou seja, conflito, ainda que pequeno). Na sequência, temos Pedro anunciando que ficará em Álgida e ajudará nas buscas, chegando a guardar (sem permissão!) sua bolsa de viagem no quarto de Bianca; outra vez, contra sua vontade (ou seja, conflito, um pouco maior que o anterior). Por fim, temos a discussão entre Iasmim e Tilla do lado de fora, fugindo totalmente ao controle (um conflito de larga escala).

            Estes três momentos são casos isolados, costurados pelo fluxo de pensamento de Bianca e seus preparativos para a missão. Secretamente, a narrativa vai num crescendo, desenvolvendo-se até chegarmos no final explosivo. Agora, imagine se saltássemos o entremeio direto para a explosão? Será que agradaria aos olhos? Acredito que não.

            Uma coisa que sempre digo aqui nas Análises é que não há palavra desperdiçada em Illuria. Nenhum pormenor é inútil, tudo que está ali tem uma serventia, ou agora ou depois. E acreditem-me quando afirmo isto, pois me considero até bastante econômico com as palavras. Em literatura, é fundamental fazer mais com menos.

            Por fim, dois detalhes curiosos, que destaco para não passarem despercebidos.

            Bianca menciona uma “luneta Butercupe”. Butercupe não é o tal inventor mencionado por Mak no Capítulo 13? Quem sabe não descubramos mais sobre ele conforme a trama progride. 😉

            Outro detalhe está na história de Pedro, sobre os sentinelas descobrindo a atividade dos monstros. Os sentinelas confirmaram que as criaturas estão passando por alguns lugares, sendo um deles o Bosque dos Lamentos – que é onde Andrei está. Isto explica os goblins que ele viu por lá no Capítulo 2? Logo logo nosso explorador volta pra contar pra gente!

            Até a próxima, pessoal!

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