Análise Visual – Capítulo 14

(Por Ana Clara)

                As cinco raças envolvidas na Guerra Eclipsal em uma única ilustração, representando o duelo que se sucedeu. Mais um desafio aceito!

                Muita gente e muitas poses na ilustração do Capítulo 14! O ork foi o primeiro que fiz, direto no papel, sem pose, apenas referências visuais coletadas na internet. Para o elfo do sol também preferi olhar a imagem de algum arqueiro de verdade manuseando o arco, pois não sei a técnica correta para atirar e ficaria uma pose falsa. Para o resto, deu pra improvisar! A elfa da lua usando umas facas de casa, o anão usando uma vassoura de referência para o machado e a humana usando um galho como espada, haha! Esse é o incrível da fantasia junto com imaginação e ilustração: poder tornar o ordinário em extraordinário. 😉

                O auge dessas imagens é o Thiago aparecendo sem saber enquanto me ajudava a tirar a foto, morri de rir ao ver isso, hahaha!

                Voltando à seriedade do trabalho, foram necessárias muuuitas referências para cada personagem, pois cada raça tem suas características peculiares e tipos diferentes de armadura.

                Os orks são mais rústicos, ainda atrasados em relação a armaduras e armas, por isso são pouco cobertos e usam ossos como adereços e “espada”. Porém, como estão aliados aos elfos da lua, têm algum adendo metálico à sua proteção.

                Os elfos da lua são seres das sombras, ágeis e evoluídos, logo, sua armadura é escura e cheia de conexões que permitem melhor mobilidade. Como bons elfos, têm seu lado mais elegante, o que confere o cuidado com os detalhes na armadura. Há formas fluidas e símbolos lunares, assim como Vriitja apresenta em sua armadura no Prólogo.

                Um detalhe em Illuria é que não importa o sexo biológico para lutar. Por isso, nesta ilustração, selecionei uma elfa da lua e uma humana para representar suas raças. Se vocês lembram, na Análise Visual 7 também comento sobre esta questão, numa ilustração que deixa aberto o gênero dos personagens retratados.

                Quanto à humana, vemos uma armadura típica de Galileo, com um metal mais claro e o escudo ostentando a lira, símbolo do reino. Dentre todos os personagens, esta foi uma das que mais gostei do resultado (estaria eu sendo influenciada por ser humana também? Haha).

                As referências para o anão foram semelhantes às de Trûr Imir, no Prólogo, porém com uma armadura bem menos rica, já que Trûr era rei, não um soldado comum.

                Por fim, o elfo do sol, sempre mais chamativo, cores claras e vestimenta remetendo a elementos naturais, especialmente folhas.

                O painel de referências foi muito vasto pois quanto mais personagens (especialmente de tantas raças) e elementos em cena, mais pesquisa. Gosto de ter uma boa base visual para as criações, com algum “realismo”, elementos que deem credibilidade à cena. Seja o tamanho relativo entre os personagens, materiais de suas indumentárias, tipos de armas… Tudo isso deve ser associado ao desenvolvimento de personagemworld-building, como Thiago explica nas Análises Textuais 12 e 13. É preciso ter sentido e coerência na construção. E isso eu acho muito fascinante! Ser um Criador (perdoe o trocadilho, Illuri!) dá trabalho, mas é muito recompensador. 😊    

                Nesta ilustração, muitos elementos eu acabei criando diretamente no computador após a digitalização dos esboços, o que foi um desafio novo para mim. Na minha ideia inicial, os pés dos personagens não apareceriam, mas conforme fui desenvolvendo a arte final, vi que precisariam aparecer. Por isso acabei tendo que desenhar já direto no programa. Isso me mostrou que posso agilizar um pouco meu processo “pulando” algumas etapas do esboço. Muitos elementos ficam mais fáceis (para mim) de ajustar após a digitalização.

                Nesta ilustração, tive que consertar alguns erros de anatomia que só reparei depois (o aprendizado nessa parte nunca acaba!), então ao invés de apagar e redesenhar o esboço diversas vezes no papel, fica mais simples no computador. Talvez fique mais fácil reparar durante a pintura acelerada que está aqui embaixo. Me acompanhem nesta saga!

2 Comentários

Adicionar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *