Referências Literárias
Publicado em: 16/07/2020
(Por Thiago)
Existem referências literárias que são eternas quando escrevo uma história de fantasia e, portanto, é com base nelas que a saga de Illuria toma forma.
Como muitos, também fui tocado pela obra de Tolkien. Como escrever fantasia medieval sem ter O Senhor dos Anéis como referência? Impossível. Desbravei toda a Terra Média durante minha infância e adolescência, voraz e incansavelmente. E muito embora os elfos e magos de Illuria sejam bem diferentes daqueles do Legendarium, a influência hereditária é inegável.
Outro autor que admiro é Neil Gaiman, o eterno Sandman. Embora sua obra fantástica ocorra quase que em sua totalidade no mundo contemporâneo, a maneira discreta e vaga como Gaiman trata a fantasia, muitas vezes deixando ao encargo do leitor perceber as minúcias, deixou sua marca no meu imaginário.
Os jogos da franquia The Elder Scrolls também têm um forte apelo no meu imaginário. Cresci imerso nas histórias complexas desses games, sobretudo o terceiro (Morrowind). Acredito que as intrigas políticas e históricas nas quais nunca se sabe com certeza quem está certo sempre despertaram meu interesse, e os jogos da série exploram bem este tema.
No desenvolvimento do estilo narrativo de Illuria, é inevitável citar minha maior influência literária: meu querido Machado de Assis, expoente máximo da literatura nacional. O estilo descritivamente econômico, mais focado na ação da trama e desenvolvimento dos personagens é algo que me agrada bastante em Machadinho e que sem dúvida influenciou na minha escrita.
Cito também Marguerite Yourcenar e seu ‘Memórias de Adriano’, o livro mais bem escrito que já li e meu livro preferido de todos os tempos. A leveza, fluidez e escolha melódica das palavras na obra dela me impactaram fortemente; uma preocupação não apenas com o que está escrito, mas também com a maneira como está escrito. Inspirado em Yourcenar, tento trazer também à Illuria esse tom poético na escrita.
Por fim, não poderia deixar de citar as infindáveis tardes jogando RPG com amigos, sobretudo no universo fantástico de Forgotten Realms. Diga-se de passagem que o próprio Illuria começou como uma campanha de RPG, temperada com cultura e folclore brasileiro.
Muitas outras obras e referências me influenciaram ao longo da vida, mas essas fincaram fundo suas raízes no meu crescimento como escritor e se tornaram as maiores inspirações para Illuria nascer.